PIB: Muitas incertezas no futuro

08-02-2021

O controlo da pandemia este ano será crucial para determinar o crescimento económico da economia nacional, que no ano passado atingiu resultados negativos históricos.

A crise pandémica continua a fazer estragos na economia portuguesa e enquanto a pandemia não estiver controlada, todos os dados serão incertos. No entanto, a recuperação terá início já este ano, segundo as previsões de várias instituições. Mas será maior ou menor, consoante o controlo da covid-19.

Mas vamos a números. Este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer entre 2,5% a 4,5%. As estimativas são do Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG). Segundo a síntese de conjuntura de janeiro, o crescimento dependerá do controlo pandémico. Para os economistas do instituto, a partir do primeiro trimestre deste ano, «num cenário plausível de melhorias progressivas e sustentadas no controlo da pandemia», a economia deverá começar a crescer «em cadeia de forma mais regular e sustentada». «Admite-se que a resposta da economia será, inicialmente, relativamente rápida e robusta, mas o ritmo de crescimento será muito provavelmente marcado pelo maior ou menor controle da evolução da pandemia», estima o ISEG.

Os economistas acreditam ainda que este segundo confinamento será negativo mas não terá tanto impacto como o primeiro uma vez que já existe maior experiência e conhecimento por parte das empresas «que podem continuar a laborar, para lidar com estas situações de forma mais eficiente e evitar as paragens e disrupções da cadeia produtiva que ocorreram no primeiro confinamento».

Menos otimista em relação ao crescimento para este ano está o Fórum para a Competitividade. A entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa viu-se obrigada a fazer uma revisão em baixa da sua estimativa do PIB para entre -4% e +1% «por um conjunto alargado e significativo de fatores, não deixando de sublinhar a envolvente de excecional incerteza de uma pandemia sem precedentes nos últimos 100 anos».

A revisão é justificada com «atrasos na produção de vacinas e sua distribuição», a «revisão em baixa do crescimento na zona euro», ou a «política orçamental recessiva».

Fonte: https://sol.sapo.pt/artigo/723911/pib-muitas-incertezas-no-futuro