Associação Empresarial de Portugal alerta para quebra abrupta na atividade

03-08-2020

Para o presidente da associação empresarial a retoma de atividade é ainda "uma miragem".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, um período que compreende o estado de emergência e as medidas de confinamento tomadas devido à pandemia de Covid-19.

No site do INE é possível saber que o "Produto Interno Bruto (PIB) registou uma forte contração em termos reais no 2º trimestre de 2020, tendo diminuído 16,5% em termos homólogos, após a redução de 2,3% no trimestre anterior", justificado "em larga medida pelo contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB, que foi consideravelmente mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo a expressiva contração do consumo privado e do Investimento".

Para a AEP - Associação Empresarial de Portugal estes números confirmam o "que as empresas portuguesas já vinham a sentir: uma quebra abrupta da atividade".

Segundo análise da associação, os dois principais mercados de destino das exportações portuguesas registaram a evolução mais severa, com o PIB espanhol a cair 18,5% em cadeia e 22,1% em termos homólogos e o PIB francês a registar uma quebra de 13,8% em cadeia e de 19% em termos homólogos. Acresce a forte quebra na Alemanha (-10,1% e -11,7%) e em Itália (-12,4% e -17,3%).

Para o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, "estes dados suscitam elevada preocupação e demonstram bem que, infelizmente, a tão desejada fase de retoma é neste momento ainda uma miragem e constituem, por isso, mais uma prova da necessidade de uma redobrada atenção e, fundamentalmente, de uma rápida atuação por parte das políticas públicas".