2021: uma injeção de esperança econômica

28-12-2020

Especialistas acreditam que 2021 será o ano em que o mundo deixará para trás o pesadelo da covid-19, graças à vacinação e aos estímulos fiscais e monetários.

Para os que preferem ver o copo meio cheio, a vacinação não é o único elemento sobre o qual gira a ansiada recuperação econômica. Nos próximos meses, continuarão estendidas as duas grandes redes que amorteceram o impacto da covid-19: os bancos centrais e os Governos. No primeiro caso, tanto a Reserva Federal dos EUA como o Banco Central Europeu confirmaram que manterão as taxas de juros em níveis ultrabaixos e continuarão comprando ativos no mercado. "A política monetária levada a cabo até agora será mantida em termos ultraexpansivos e suportará uma provisão de liquidez que garanta que os recursos financeiros sejam suficientes para satisfazer as necessidades da atividade produtiva e do endividamento público, minimizando, por sua vez, o risco de insolvência", destaca o Instituto de Estudios Economicos, com sede em Madri.

Em relação à ajuda pública, se há apenas uma década os políticos (e muitos economistas) relutavam em abrir a torneira fiscal e se apressavam em pedir que se apertasse o cinto, agora a atitude é totalmente diferente. Com a memória ainda fresca da austeridade, que aprofundou a recessão depois da crise financeira, desde o início da pandemia, os Governos não só promovem os gastos fiscais de forma generalizada para conter os efeitos da crise, como fazem isso de forma mais coordenada com os bancos centrais. Uma prova disso é que a dívida pública dos países desenvolvidos aumentará 20 pontos percentuais, até representar, em média, 125% do PIB no final de 2021, segundo o FMI ―e ninguém declarou o fim do mundo. 

Para mais informação: https://brasil.elpais.com/economia/2020-12-27/2021-uma-injecao-de-esperanca-economica.html